ZIMBABWE: Profissionais da saúde seropositivos unidos contra o estigma
HARARE, 22 Fevereiro 2007 (PlusNews) - Trabalhar em um local lotado, com péssimas estruturas e falta crônica de medicamentos, é extremamente ruim para um profissional médico. Além de tudo isso, ser descriminado pelos colegas por ter HIV, pode ser insuportável.
Em resposta, o grupo Sindicato de Activistas HIV e Sida do Zimbabwe (ZHAAU, no inglês), dirigido por 15 médicos e outros profissionais de saúde seropositivos, saiu em defesa na última semana na capital, Harare, dos trabalhadores da saúde que têm HIV.
Bernard Nyathy, presidente interindo do ZHAAU e consultor para HIV/Sida no Hospital Parirenyatwa em Harare, confirma ser vítima de preconceito.
"Alguns colegas não usam os mesmos utensílios que eu. Trazem seus próprios copos e pratos... Alguns preferem nem usar a cantina”, diz Nyathi ao PlusNews.
Não há estudos sobre a seroprevalência no sector da saúde do Zimbabwe, mas com uma seroprevalencia de 20.1 por cento, segundo as Nações Unidas, a preocupação de uma possível carência de profissionais de saúde em decorrência da Sida é enorme.
Segundo Nyathi, nas próximas semanas, representantes do ZHAAU se reúnem com o Ministro da Saúde e do Bem-Estar da Criança, David Parirenyatwa.
O estigma nos locais de trabalho e o acesso a antiretrovirais para os membros do ZHAUU estarão entre os temas abordados.
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