ANGOLA: O fim da dúvida – fazer o teste de HIV
LUANDA, 25 Setembro 2007 (PlusNews) - Mesmo com todos os sinais apontando para infecção pelo HIV, a angolana Rosa Pedro se recusava a fazer o teste.
Não que ela não soubesse que algo estava errado. Diarréias, infecções, herpes e dores excruciantes eram sintomas claros de Sida, mas não eram suficientes para que ela aceitasse ser testada. O medo era maior – afinal, tudo que Rosa sabia sobre Sida é que era uma doença de prostitutas. E que matava.
Nem mesmo a morte de sua segunda filha a convenceu a fazer o teste de HIV. Elídia morreu aos nove meses, supostamente de desnutrição. Rosa, entretanto, suspeita que a verdadeira causa tenha sido a infecção pelo HIV, mas nunca terá certeza. A bebé nunca foi testada.
“Após a morte da minha filha, passei um ano a pensar se ela tinha ou não Sida. Mas ainda não tinha coragem de fazer o teste”, diz.
Somente quatro anos depois do aparecimento dos primeiros sintomas é que Rosa finalmente conseguiu juntar a coragem para se testar. E o resultado, positivo, não foi surpresa para ela.
Pelo contrário. O fim da dúvida permitiu que ela começasse o tratamento antiretroviral, ajudasse seu ex-marido, também seropositivo, e se tornasse activista na causa da Sida. Hoje ela é parte da Mwenho, uma das associações de mulheres seropositivas pioneiras em Angola, trabalho do qual se orgulha.
“Agora, somos muitas e daqui já não saio”, diz.
Conheça a história de Rosa Pedro no blog Coração Aberto.
|
Tema(s): (IRIN) Cuidados/Tratamento, (IRIN) Gênero, (IRIN) Prevenção, (IRIN) PVHS/ONGs, (IRIN) Estigma/Direitos Humanos/Leis
[FIM] |
[Este boletim não reflecte necessariamente as opiniões das Nações Unidas] |
|
|
|
|