UGANDA: Medicina natural interfere na adesão do TARV
KAMPALA, 4 Abril 2007 (PlusNews) - O abandono da terapia antiretroviral (TARV) na Uganda é duas vezes maior entre os pacientes que também fazem tratamento à base de remédios naturais.
Esta é a conclusão de um estudo da Universidade de Makerere da Uganda, divulgado na Décima Quarta Conferência de Retroviroses e Infecções Oportunistas, que ocorreu em Fevereiro na cidade norte-americana de Los Angeles.
Dr. Ronald Kiguba, um dos líderes desta pesquisa afirma que uma das estratégias é capacitar os curandeiros sobre HIV/SIDA.
“Não é fácil, mas é a alternativa que temos para não continuar a perder pacientes”, diz ao PlusNews.
O pesquisador ressalta que, segundo a Organização Mundial da Saúde, os curandeiros atendem aproximadamente 70 por cento da população africana.
O estudo contou com a participação de 686 pacientes dos dois principais centros de tratamento da Sida na capital ugandense de Kampala.
O alto preço dos antiretrovirais e os efeitos colaterais provocados por estes medicamentos foram os principais motivadores para o abandono da terapia.
Nos últimos anos, a Uganda está a promover um grande aumento no TARV.
Segundo o governo, 80 mil pessoas estão em TARV, sendo que entre 150 mil e 200 mil precisariam destes medicamentos.
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