UGANDA: Diplomatas europeus exigem resolução do caso de corrupção do Fundo Global

Photo: Global Fund  |
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KAMPALA, 28 Agosto 2006 (PlusNews) - Enviados europeus à capital da Uganda, Kampala, pediram ao governo que tomasse imediatamente medidas contra os indivíduos, incluindo alguns políticos seniores, acusados de má administração dos fundos para o HIV/Sida.
Um grupo de diplomatas, entre os quais o embaixador da Holanda no Uganda, Yoka Brandt, reuniu, recentemente, com o ministro ugandês da Ética e Integridade, James Nsaba Buturo, e exortou o seu governo a processar com urgência oficiais do Ministério da Saúde suspeitos de má administração do dinheiro do Fundo Global de luta contra a Sida, Tuberculose e Malária.
Em Agosto de 2005, o Fundo Global suspendeu, temporariamente, doações de mais de 200 milhões de dólares americanos, alegando “grave má administração”.
O Fundo levantou a suspensão, em Novembro, depois de o governo ter garantido que corrigiria o problema mediante controlos mais estritos da gestão dos fundos.
O presidente ugandês Yoweri Museveni nomeou uma comissão judiciária de inquérito, cujo relatório recomenda que três antigos ministros da saúde – Jim Muhwezi, Alex Kamugisha e Mike Mukula – sejam interrogados em vista de um processo por perjúrio, causa de perdas financeiras e emissão de documentos falsos.
Todos contra a corrupção
“Na nossa opinião, os aspectos de uma [natureza] criminal no relatório devem ser examinados imediata e rapidamente, e o Ministro nos disse que o governo estava a elaborar um Livro Branco sobre o assunto”, disse Brandt ao PlusNews, acrescentando que a acção do governo seria um sinal do seu empenho na luta contra a corrupção.
Na reunião também participaram outros enviados estrangeiros, como o embaixador da Dinamarca e diplomatas da Suécia e da Irlanda. Todos expressaram o desejo de ver a luta contra a corrupção no Uganda a começar na mais alta esfera.
Buturo disse que os diplomatas estavam preocupados com a lentidão da implementação do relatório da comissão de inquérito.
“Eu lhes disse que há um procedimento que deve ser seguido neste caso, porque o Presidente ainda está a examinar o relatório antes do seu envio ao governo, da elaboração do Livro Branco e de ser tornado público”, disse Buturo ao PlusNews.
O Ministério da Saúde e algumas organizações não-governamentais, disse Buturo, reembolsaram o dinheiro desviado das doações do Fundo Global, enquanto “a polícia, através do Departamento de Investigação Criminal, lida com o caso do Fundo Global e algumas pessoas já foram interrogadas”.
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Tema(s): (IRIN)
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[Este boletim não reflecte necessariamente as opiniões das Nações Unidas] |
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