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QUÉNIA: Discutir abuso de álcool nos centros de testagem e aconselhamento do HIV


Photo: PSI
Abusou do álcool, esqueceu do preservativo
NAIROBI, 4 Junho 2007 (PlusNews) - A relação entre o uso excessivo de álcool e o HIV, tanto ao nível social quanto biomédico, adicionada ao efeito perverso deste consumo levou pesquisadores a sublinhar a necessidade de incluir esta questão no programa de Aconselhamento e Testagem Voluntária (VCT, em inglês) no Quénia.

“Existem provas científicas da relação entre o álcool e o HIV”, disse Karusa Kiragu, do programa Horizons, um projeto de pesquisa da Agência Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional.

“O álcool interfere na capacidade do organismo metabolizar os antiretrovirais (ARV), aumentando a probabilidade de resistência aos medicamentos”, explicou.

O governo queniano reconheceu a gravidade e declarou recentemente que “o abuso do álcool e de outras drogas no Quénia chegou a um ponto que poderia levar a um desastre nacional, a menos que sejam tomadas medidas urgentes para evitar que isto aconteça.”

Um relatório do programa Horizons, publicado recentemente, informa que o abuso do álcool interfere no auto-contrôle, aumentando assim a probabilidade de ter múltiplos parceiros e sexo não protegido.

Além disso, deprime o sistema imunitário e causa uma mal-nutrição induzida pelo álcool, que pode provocar uma vulnerabilidade à infecção pelo HIV.

“Resultados recentes obtidos em laboratório sugerem que o álcool pode alterar a estrutura celular aumentando tanto a infectividade quanto a vulnerabilidade das células”, aponta o relatório.

Kiragu, co-autora do estudo, disse que tanto homens quanto mulheres têm tendências a tornar-se violentos e ter múltiplos parceiros sexuais quando estão sob a influência do álcool, o que coloca mesmo os parceiros que não bebem em perigo de contrair o HIV.

O estudo ressalta que existe no Quénia uma grande necessidade de aconselhamento em relação ao álcool entre os clientes dos programas VCT.

“Durante o pré-aconselhamento, os clientes recebem informações sobre os modos de transmissão do HIV e dicas sobre os comportamentos de risco”, diz. “É por isso que os centros VCT representam uma excelente ocasião para falar do álcool como um dos fatores na transmissão do HIV e ajudar os clientes a preparar um plano de redução de risco”, acrescenta.

Com base no Teste de Identificação de Desordens devido ao Uso de Álcool da Organização Mundial da Saúde, o estudo mostrou que 76 por cento dos homens e 25 por cento das mulheres que consumiam regularmente bebidas alcoólicas tinham um padrão de consumo de risco.

Dados obtidos pelo Horizons junto a uma pesquisa com 1.073 homens e mulheres que frequentam os centros VCT no Quénia revelam que dois terços dos participantes que não tinham recebido aconselhamento sobre o álcool em suas visitas gostariam de ter recebido conselhos sobre este assunto.

O estudo também mostrou que a metade dos participantes se preocupava porque seus parceiros “bebiam demais.”

“As mulheres nos dizem que seus maridos bebem muito, mas elas não sabem como evitá-los ou explicar a eles que devem usar um preservativo”, disse um dos conselheiros do VCT na cidade costeira de Mombasa.

O estudo recomendou o treinamento dos conselheiros do VCT; a criação de instrumentos para detectar o consumo de álcool dos clientes desses centros; e um sistema de encaminhamento a serviços de desintoxicação e grupos de apoio às vítimas de violência doméstica.

Kiragu disse que o programa Horizons tinha passado à fase seguinte da pesquisa, que consistia na testagem do sucesso do aconselhamento sobre o álcool ao nível dos centros VCT; mas, segundo ela, mesmo sem levar em consideração os resultados, existe a necessidade de lidar com a relação entre o abuso de álcool e o HIV.

“No mínimo, os provedores de serviços devem ter esta informação e ser capazes de aconselhar seus clientes sobre os efeitos do álcool no organismo e sobre a relação entre o álcool e o HIV”, finaliza.


Tema(s): (IRIN) Prevenção

[FIM]

[Este boletim não reflecte necessariamente as opiniões das Nações Unidas]
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