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RUANDA: Exército vence na luta contra a Sida


Photo: IRIN
Antigas crianças soldados aprendem sobre a Sida
KIGALI, 27 Março 2007 (PlusNews) - Durante os últimos anos, o exército ruandês participou de diferentes conflitos fora de suas fronteiras, como na República Democrática do Congo (RDC), e de uma missão de manutenção da paz na região sudanesa do Darfur. Estas operações fizeram com que a luta contra a Sida fosse intensificada no seio do exército.

Este exército, poderoso mesmo com o efetivo reduzido, é composto em parte de antigos combatentes de uma guerrilha de exilados na Uganda. Estes homens chegaram no Ruanda em 1990 e combateram durante quatro anos antes de chegar à capital, Kigali, contribuindo a por fim a uma campanha de genocídio iniciada pelo governo provisório ruandês da época, que visava a minoria Tutsi e os Hutus moderados.

O governo decidiu formar seus soldados à prevenção da Sida e já o faz há dez anos, em uma região onde a taxa de prevalência do HIV é relativamente elevada.

“Nos anos 90, quando grande parte dos soldados do exército atual vieram da Uganda, nós estávamos muito preocupados com o HIV, muitos de nossos homens estavam infectados”, disse o Dr. Charles Murego, diretor dos serviços médicos do Ministério da Defesa. “As atividades de prevenção começaram realmente em 1995, e em 1997 começamos a administrar tratamento aos soldados seropositivos”.

Os esforços de prevenção do exército são bem visíveis, nos locais do Ministério da Defesa, em Kigali, onde as mensagens nos quadros lançam um apelo aos soldados para que usem preservativos e façam a despistagem do HIV.

Mudanças

O Dr. Murego enfatiza que o programa contra o HIV/Sida das Forças de Defesa Ruandesas (FDR) se baseia em três princípios: conhecimento, atitude e prática (KAP, em inglês).

“Nós sensibilizamos nossos soldados ao HIV, a todos os níveis hierárquicos; até o Presidente Paul Kagame se envolveu na educação sobre a Sida, ao nível do exército”, disse ele. “Segundo nossos estudos, 85 por cento dos soldados começaram a modificar suas atitudes e seus comportamentos”.

O Dr. Murego evocou uma recente reunião de grupo onde 10 soldados tinham sido selecionados ao acaso. Perguntou-se se eles tinham preservativos consigo: oito deles tinham, um tinha esquecido o seu e um outro declarou praticar a abstinência sexual desde que tinha perdido sua irmã de uma doença relacionada à Sida.

A taxa de prevalência do HIV no seio das forças armadas é estimada em 2 a 3 por cento, ligeiramente mais baixa que a taxa nacional, estimada em 3,1 por cento, segundo as Nações Unidas.

Sensibilizadas à gravidade do risco, as unidades ruandesas voltaram da RDC, sem que isto aumentasse a incidência do HIV entre eles.

Parte do programa consiste em desenvolver nos soldados um espírito de compaixão pelos camaradas seropositivos, por causa do problema da estigmatização.

“Nós não proibimos os soldados de participar dos treinamentos e de evoluir no seio do exército, só porque estão infectados”, acrescenta o Dr. Murego. “As únicas operações das quais os soldados seropositivos não participam são as operações de manutenção da paz”.

Ex-rebeldes

O exército está desmobilizando e absorvendo milhares de ex-rebeldes e soldados do antigo governo, que combateram as FDR no leste da RDC.

“Quando aos soldados, não há muito o que fazer – eles já foram formados no âmbito dos programas HIV do exército”, declarou Alphonse Nkusi, responsável das operações da Comissão Ruandesa de Desmobilização e de Reintegração. “Nós estamos concentrando nossos esforços nos antigos rebeldes”.

Logo que chegaram, os rebeldes puderam beneficiar de conselhos sobre o HIV, nos diversos pontos de passagem que a Comissão tinha colocado ao longo das fronteiras entre o Ruanda e a RDC.

“Nós os encorajamos a fazer a o teste de despistagem, e se eles forem seropositivos, nós os encorajamos a criar novos grupos ou a se unir aos grupos de pessoas seropositivas já existentes”, acrescentou Nkusi.

No caso das antigas crianças soldados dos rebeldes, “nós as educamos, mas não as fazemos fazer o teste de despistagem, conforme aos princípios internacionais, mas nós as encorajamos a fazer a despistagem na desmobilização”, declarou ele. “Muitos deles foram expostos ao HIV quando eram soldados”.


Tema(s): (IRIN) Prevenção

[FIM]

[Este boletim não reflecte necessariamente as opiniões das Nações Unidas]
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