RUANDA: Urge incorporar a nutrição em programas pediátricos de Sida
KIGALI, 18 Dezembro 2006 (PlusNews) - Cerca de 45 por cento de crianças ruandesas seropositivas menores de cinco anos sofre de malnutrição severa, foi anunciado na segunda conferência nacional de pediatria e HIV/Sida, em Novembro.
“O aspecto nutricional não está bem reflectido no tratamento e cuidados de HIV/Sida. O sector não recebe o devido apoio político e financeiro, apesar do impacto que a sua intervenção poderia ter,” disse ao IRIN/PlusNews a nutricionista Josephine Kayumba, do Centro de Pesquisa e Tratamento da Sida do Ruanda.
Segundo Kayumba, a alta taxa de malnutrição resulta da insegurança alimentar nalgumas partes do país, que tiveram adversidades climáticas.
Aproximadamente 23 mil crianças nascem de mães seropositivas anualmente e cerca de 80% dos nove milhões de ruandeses vive com menos de dois dólares americanos por dia.
O governo do Ruanda implementa programas de alimentação terapêutica, treinamento e apoio alimentar às mães que amamentam.
Organizações não governamentais também providenciam alimentação à crianças malnutridas, mas há poucos programas específicos para as seropositivas.
"Não temos nenhum programa especial para as crianças seropositivas, mas as malnutridas são elegíveis à alimentação suplementar ou terapêutica nos nossos centros,” disse a oficial de informação do Programa Alimentar Mundial no Ruanda, Girma Makonnen.
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