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GLOBAL: Avanços promissores no desenvolvimento da vacina, dizem especialistas


Photo: AAVP
AAVP defende maior participação africana
LISBOA, 30 Novembro 2006 (PlusNews) - Boas notícias no campo de vacinas anti-Sida: três vacinas candidatas revelam resultados promissores, com uma elevada resposta do sistema imunitário, disseram especialistas,terça-feira, em Lisboa.

A primeira geração de vacinas até agora pesquisada induz fraca resposta do sistema imunológico, explicou o Dr. Saladin Osmanov, coordenador da Iniciativa Conjunta da Vacina da Sida da Organização Mundial da Saúde e Programa Conjunto das Nações Unidas para a Sida.

As vacinas promissoras estão a ser desenvolvidas na Europa e nos Estados Unidos da América. Os seus resultados iniciais em atingirem uma reacção celular contra o vírus foram primeiramente anunciados numa conferência sobre vacinas, na cidade holandesa de Amesterdão, em Agosto.

A avaliação e os resultados imunológicos destas três vacinas poderão ser entre 2011 e 2015.

“Há ímpeto, uma esperança de sucesso”, disse Osmanov a um grupo de jornalistas de expressão portuguesa de África e Brasil.

Em 2008, serão conhecidos os resultados de uma vacina que está em ensaios finais na Tailândia, envolvendo 16 mil voluntários. Mesmo que seja eficiente nesse país, terá que ser testada em África.

Segundo especialistas, cada vacina seria efectiva para o subtipo do vírus e grupo alvo em que foi testada. Testes adicionais são precisos para estender a vacina a outros subtipos do vírus e populações.

Complexidades na investigação da vacina

A imensa diversidade genética do HIV torna a pesquisa duma vacina ainda mais complexa. O HIV é dividido em nove subtipos designados por letras de A à K.

Por exemplo, o subtipo B é encontrado em grande parte na América do Norte e Europa. A epidemia na África do Sul e na Índia e causada pelo subtipo C.

Nos lugares onde circula mais de um subtipo de vírus pode ocorrer uma recombinação viral de diferentes subtipos, o que torna o quadro ainda mais complexo.

No início da pesquisa de vacinas, o foco estava no subtipo B do HIV, encontrado na América do Norte, partes da América do Sul, Europa oriental e Austrália. Este subtipo é actualmente responsável por 12 por centos das infecções globais.

Mais tarde, começaram os testes clínicos para vacinas para os subtipos A e D, comuns em partes de África, e outras baseadas no subtipo C, que circula na África austral, Índia e China, e responsável por mais de 50 por cento de todas as infecções.
“Lidar com HIV é o desafio científico mais complexo de sempre na investigação de vacinas”, disse Osmanov ao PlusNews.

Apenas uma das três vacinas promissoras, desenvolvida pelo Centro de Pesquisa de Vacinas, em Maryland, Estados Unidos da América, abrange os subtipos A, B, C e D do HIV.

Compromisso político

Do ponto de vista de políticas, outra fonte de esperança, segundo Osmanov, é o reconhecimento internacional da urgência de uma vacina contra o HIV, assumido na Cimeira do G-8, em São Petersburgo, Rússia, em Julho, com a criação da Iniciativa Global da Vacina, que junta os principais parceiros do sector publico e privado.

“Quanto mais a ciência avançar, mais a indústria seguirá”, disse Osmanov.

Dos trinta ensaios de vacinas no mundo, nove decorrem em sete países africanos: África do Sul, Botswana, Malawi, Quénia, Ruanda, Uganda e Tanzânia.

Embora nenhum ensaio clínico de vacinas decorra num dos cinco países africanos de expressão portuguesa, estes países devem se preparar para eventualmente acolher ensaios, mediante um debate nacional que deve incluir desde cientistas a médicos tradicionais, disse a Dra. Coumba Touré, da Iniciativa Conjunta.

A preparação de um sitio para a Fase 3 e final de ensaios clínicos da vacina leva dois a três anos, processo que inclui a selecção de participantes, educação e consulta à comunidade, estudo de riscos e equipar laboratórios.

Touré explicou que um dos objectivos do Programa Africano de Vacinas contra a Sida (AAVP, em Inglês) é assegurar a participação integral dos países do continente nos ensaios clínicos.

Enquanto não aparecer uma vacina, “uma sociedade organizada e militante, com envolvimento de todos, é a melhor barreira para a epidemia,” disse o Dr. Luís Fernando Brígido, virologista brasileiro do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

Mais sobre a criação da vacina anti-Sida na página da Iniciativa Internacional da Vacina da Sida: www.iavireport.org


Tema(s): (IRIN) Pesquisa

[FIM]

[Este boletim não reflecte necessariamente as opiniões das Nações Unidas]
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