GLOBAL: TARV cresce mundialmente, mas ainda é insuficiente
JOHANNESBURG, 18 Abril 2007 (PlusNews) - O número de seropositivos que recebem antiretrovirais nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento aumentou 54 por cento no ano passado.
De 1.3 milhão de pessoas em 2005 aumentou para 2.015 milhões em 2006, informa um relatório divulgado ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/SIDA e o Fundo das Nações Unidas para a Infância.
Foi observado também que os preços dos antiretrovirais de primeira linha diminuíram entre 37 e 53 por cento desde 2003.
Apesar desses resultados serem considerados "animadores" pelas três organizações, ainda está longe da meta da OMS que era, até 2005, tratar três milhões de pessoas.
Na África subsaariana, a mais atingida pela pandemia, 1.3 milhão de seropositivos estavam em tratamento antiretroviral (TARV) no ano passado, ou seja, 28 por cento dos que necessitavam destes medicamentos. Em 2003, apenas dois por cento recebiam TARV.
Moçambique, cuja população estimada é de 19.8 milhões de habitantes, trata cerca de 40 mil doentes, o que é apenas 15 por cento das pessoas que precisam de TARV.
Já o Malawi, com 11.5 milhões de habitantes, consegue tratar 81 mil pessoas, ou seja, 41 por cento dos que necessitam.
Estimativas para países lusófonos em África
País |
População |
Em TARV |
Precisam de TARV |
Cobertura |
Angola |
14 milhões |
6 mil |
66 mil |
10% |
Cabo Verde |
430 mil |
200 |
Sem dados |
Sem dados |
Guiné-Bissau |
1.4 milhâo |
400 |
6.300 |
6% |
Moçambique |
19.8 milhôes |
40 mil |
280 mil |
14% |
São Tomé e Principe |
140 mil |
Menos de 200 |
Sem dados |
Sem dados |
O relatório denominado “Em direção ao acesso universal: Aumentando as intervenções prioritárias contra o HIV/SIDA nos sectores de saúde”, informa ainda que apenas 11 por cento das gestantes seropositivas nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento recebem prevenção da transmissão vertical.
A prevenção entre os usuários de drogas injetáveis, assim como a testagem e aconselhamento sobre o HIV também são “insatisfatórias”, diz o documento.
Leia o relatório: www.unaids.org
lb/ms
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Tema(s): (IRIN) Cuidados/Tratamento
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[Este boletim não reflecte necessariamente as opiniões das Nações Unidas] |
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