BURUNDI: Escassez de antiretrovirais preocupa activistas e pacientes
BUJUMBURA, 6 Março 2007 (PlusNews) - Activistas protestam contra a escassez de antiretrovirais em Burundi e exigem ações imediatas do governo.
“Com fundos disponíveis, é inacreditável que falte medicamentos por causa de questões administrativas”, diz Jeanne Gapiya Niyonzina, presidente da Associação Nacional para o Suporte de Seropositivos (ANSS).
Com apoio dos doadores internacionais o governo de Burundi distribui antiretrovirais (ARV) gratuitamente a 6,400 pessoas, das 25 mil estimadas que precisariam de tratamento.
Dr. Françoise Ndayishimiye, secretária executiva do Conselho Nacional de Luta contra a Sida (CNLS), explica que ocorreu um atraso administrativo no Ministério das Finanças relativo ao pedido de ARVs enviado em novembro.
O CNLS fez um pedido de emergência para suprir o problema durante dois meses.
Em fevereiro, a ANSS pediu às farmácias do governo 530 caixas de Abacavir, ARV de primeira linha, mas recebeu apenas 30 caixas, o que deu para atender 208 pacientes por apenas 10 dias, em vez de um mês, como é habitual.
Gapiya diz que a interrupção pode provocar resistência no tratamento, o que obrigaria pacientes a mudar para medicamentos de segunda ou terceira linha, que são mais caros e ficaria insustentável para o governo.
Faltas como essa são comuns em Burundi, após uma guerra civil de 13 anos que destruiu o sistema de saúde pública.
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