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AFRIQUE: Comunidades de imigrantes africanos precisam saber da SIDA


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Distribuição por país de origem de africanos em Portugal que vivem com HIV. Fonte: CVEDT
LISBOA, 18 Janeiro 2007 (PlusNews) - As comunidades de origem africana nos bairros periféricos das principais cidades onde residem em Portugal - Lisboa, Porto, Faro e Setúbal – precisam de mais informação sobre a Sida, dizem activistas.

António Furtado, dirigente do Fundo de Apoio Social de Cabo-verdianos em Portugal (FASCP), nota que o esclarecimento sobre a Sida naqueles bairros “é tímido”.

Segundo este responsável, as pessoas não gostam de falar da Sida porque, a partir do momento que se tornam conhecidas como sendo seropositivas, começam a ser discriminadas dentro da comunidade e nos seus empregos.

Furtado defende que, por isso, é necessário esclarecer os familiares de que a Sida é uma doença que tem tratamento.
Estima-se que em Portugal vivem 500 mil imigrantes, dos quais 120,000 são cabo-verdianos.
A seroprevalência neste pais de 10.4 milhões de habitantes é de 0.4 por cento, equivalente a cerca de 33.000 pessoas seropositivas, segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Sida (Onusida).
A epidemia de Sida em Portugal é veiculada pela toxicodependência, como acontece em outros países da Europa do Sul e do Leste e no Sudeste Asiático.
Dos 29.641 casos de Sida registados em Portugal, 13.426 ou 45.5 por cento, são toxicodependentes que usam drogas injectáveis, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis (CVEDT), do Instituto Nacional de Saúde.
A ilegalidade como factor de risco
Do total de seropositivos de origem africana que moram em Portugal, o CVEDT estimou, em Novembro passado, que 30 por cento são de Guiné-Bissau, 28 por cento de Cabo Verde, 24 por cento de Angola, sete por cento de Moçambique e três por cento de São Tomé e Príncipe.
Entre os problemas que podem tornar os imigrantes vulneráveis ao vírus, Furtado aponta a quebra de laços familiares, a falta de recursos económicos, o isolamento, a marginalização, barreiras linguísticas e culturais, e a dificuldade no acesso à informação e aos cuidados de saúde.
Todos os hospitais centrais e distritais estão habilitados para proverem tratamento antiretroviral, explicou a médica Natália Madureira, do Serviço de Doenças Infecto-Contagiosas do Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
O problema é que, entre os imigrantes ilegais, muitos não passam pelos serviços de saúde apesar de serem gratuitos, porque temem – sem fundamento - ser reportados as autoridades.

Margarida Martins, coordenadora da organização não governamental “Abraços”, que oferece informação e apoio na área da Sida, disse ao PlusNews que “em princípio, todo aquele que não vai aos serviços de saúde é vulnerável”.

“Não é problema de ser ou não imigrante africano”, apontou.

Francisco Porto Ribeiro, principal responsável de Abraço na região norte, considera que ainda se mantêm muita ignorância social sobre a epidemia em Portugal.

Refere que há dificuldades em fazer perceber às pessoas que o vírus não é um problema de grupos de risco, mas de todos.

“O que existe são comportamentos de risco, independentemente das tendências sexuais, da raça, do credo, da língua, actividade profissional ou qualquer outro factor”, disse.

ol/rb/ms


Tema(s): (IRIN) Prevenção

[FIM]

[Este boletim não reflecte necessariamente as opiniões das Nações Unidas]
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