O Exército francês acaba de fazer uma descoberta que pode redefinir a forma como entendemos as civilizações antigas. A mais de 8.400 pés de profundidade (cerca de 2.600 metros), uma missão militar submarina revelou um sítio submerso de proporções extraordinárias. As primeiras imagens mostram estruturas monumentais e artefatos misteriosos, surpreendentemente bem preservados na escuridão gélida do fundo do mar.
“Pensávamos que estávamos apenas a realizar um exercício técnico.
O que encontramos vai muito além de tudo o que poderíamos imaginar”,
afirmou o comandante Julien Mercier, responsável pela operação.
De treino militar a descoberta histórica
A missão tinha como objetivo inicial testar novos equipamentos submarinos destinados às forças especiais. Porém, quando o sonar detectou formas geométricas incomuns no fundo de uma fossa, a equipa decidiu descer mais. O que encontraram parecia ser um sítio arqueológico intacto, possivelmente com milhares de anos.
Até agora, foram recuperados fragmentos de cerâmica, ferramentas de metal e o que pode ter sido um altar ritual. Indícios que apontam para uma civilização pouco conhecida ligada ao Mediterrâneo antigo.
Por que esta descoberta é tão importante?
Especialistas em arqueologia subaquática destacam três razões principais:
- Profundidade recorde: nunca antes um sítio arqueológico tinha sido identificado por uma equipa militar a mais de 2.500 metros.
- Estado de conservação notável: o frio e a ausência de luz ajudaram a preservar os artefatos.
- Potencial histórico imenso: as primeiras análises sugerem vestígios com mais de 3.000 anos.
“Se as datas forem confirmadas, estaremos perante um sítio tão marcante quanto Pompeia ou Troia”,
explicou a professora Claire Vannier, especialista em arqueologia subaquática.
Comparação com outras descobertas
Para compreender a relevância deste achado, basta compará-lo a grandes descobertas anteriores:
- O Titanic, encontrado a 3.800 metros, mas com apenas 111 anos de história.
- Pavlopetri, na Grécia, uma cidade submersa com 5.000 anos, localizada a apenas 4 metros de profundidade.
- Baia, em Itália, a chamada “Pompeia subaquática”, imersa a 6 metros.
A diferença está na combinação única de profundidade extrema e antiguidade milenar.
Próximos passos
O Ministério das Forças Armadas da França e o CNRS anunciaram a criação de uma equipa científica internacional para estudar o sítio. Entre as prioridades estão:
- mapeamento 3D completo das estruturas,
- datação por carbono-14 dos artefatos,
- análise dos sedimentos marinhos para reconstruir a história geológica da região,
- proteção legal e física do local contra pilhagens.
Debate e especulações
Alguns arqueólogos acreditam que se trata de um importante centro religioso ou comercial destruído por um sismo antigo. Outros foram mais longe, associando a descoberta a mitos antigos e até levantando a hipótese de uma ligação à Atlântida.
Para os militares franceses, o mais relevante é o feito tecnológico: conduzir uma operação a 8.421 pés demonstra a vantagem francesa em mergulho e robótica submarina.
“Sabíamos que estávamos a ultrapassar os limites da tecnologia.
Mas não imaginávamos que também ultrapassaríamos os limites da História”,
relatou um dos mergulhadores envolvidos.
Orgulho nacional, mistério global
Em França, a notícia ganhou rapidamente as manchetes. Para muitos, trata-se de um novo capítulo da arqueologia francesa: um sítio escondido durante milénios, agora revelado por acaso através de uma missão militar.
As grandes questões permanecem: quem construiu essas estruturas, por que a cidade afundou e que papel desempenhou no Mediterrâneo antigo?