O que o Exército francês descobriu no abismo pode transformar a arqueologia

October 2, 2025

O Exército francês acaba de fazer uma descoberta que pode redefinir a forma como entendemos as civilizações antigas. A mais de 8.400 pés de profundidade (cerca de 2.600 metros), uma missão militar submarina revelou um sítio submerso de proporções extraordinárias. As primeiras imagens mostram estruturas monumentais e artefatos misteriosos, surpreendentemente bem preservados na escuridão gélida do fundo do mar.

“Pensávamos que estávamos apenas a realizar um exercício técnico.
O que encontramos vai muito além de tudo o que poderíamos imaginar”,
afirmou o comandante Julien Mercier, responsável pela operação.

De treino militar a descoberta histórica

A missão tinha como objetivo inicial testar novos equipamentos submarinos destinados às forças especiais. Porém, quando o sonar detectou formas geométricas incomuns no fundo de uma fossa, a equipa decidiu descer mais. O que encontraram parecia ser um sítio arqueológico intacto, possivelmente com milhares de anos.

Até agora, foram recuperados fragmentos de cerâmica, ferramentas de metal e o que pode ter sido um altar ritual. Indícios que apontam para uma civilização pouco conhecida ligada ao Mediterrâneo antigo.

Por que esta descoberta é tão importante?

Especialistas em arqueologia subaquática destacam três razões principais:

  • Profundidade recorde: nunca antes um sítio arqueológico tinha sido identificado por uma equipa militar a mais de 2.500 metros.
  • Estado de conservação notável: o frio e a ausência de luz ajudaram a preservar os artefatos.
  • Potencial histórico imenso: as primeiras análises sugerem vestígios com mais de 3.000 anos.

“Se as datas forem confirmadas, estaremos perante um sítio tão marcante quanto Pompeia ou Troia”,
explicou a professora Claire Vannier, especialista em arqueologia subaquática.

Comparação com outras descobertas

Para compreender a relevância deste achado, basta compará-lo a grandes descobertas anteriores:

  • O Titanic, encontrado a 3.800 metros, mas com apenas 111 anos de história.
  • Pavlopetri, na Grécia, uma cidade submersa com 5.000 anos, localizada a apenas 4 metros de profundidade.
  • Baia, em Itália, a chamada “Pompeia subaquática”, imersa a 6 metros.

A diferença está na combinação única de profundidade extrema e antiguidade milenar.

Próximos passos

O Ministério das Forças Armadas da França e o CNRS anunciaram a criação de uma equipa científica internacional para estudar o sítio. Entre as prioridades estão:

  • mapeamento 3D completo das estruturas,
  • datação por carbono-14 dos artefatos,
  • análise dos sedimentos marinhos para reconstruir a história geológica da região,
  • proteção legal e física do local contra pilhagens.

Debate e especulações

Alguns arqueólogos acreditam que se trata de um importante centro religioso ou comercial destruído por um sismo antigo. Outros foram mais longe, associando a descoberta a mitos antigos e até levantando a hipótese de uma ligação à Atlântida.

Para os militares franceses, o mais relevante é o feito tecnológico: conduzir uma operação a 8.421 pés demonstra a vantagem francesa em mergulho e robótica submarina.

“Sabíamos que estávamos a ultrapassar os limites da tecnologia.
Mas não imaginávamos que também ultrapassaríamos os limites da História”,
relatou um dos mergulhadores envolvidos.

Orgulho nacional, mistério global

Em França, a notícia ganhou rapidamente as manchetes. Para muitos, trata-se de um novo capítulo da arqueologia francesa: um sítio escondido durante milénios, agora revelado por acaso através de uma missão militar.

As grandes questões permanecem: quem construiu essas estruturas, por que a cidade afundou e que papel desempenhou no Mediterrâneo antigo?

Thomas Berger
Thomas Berger
I am a senior reporter at PlusNews, focusing on humanitarian crises and human rights. My work takes me from Geneva to the field, where I seek to highlight the stories of resilience often overlooked in mainstream media. I believe that journalism should not only inform but also inspire solidarity and action.