ÁFRICA: Grupo brasileiro de luta contra a Sida critica decisão do Vaticano
JOHANNESBURG, 6 Janeiro 2006 (PLUSNEWS) - A Rede de Grupos de Apoio à Prevenção da Sida no Brasil enviou uma carta à Conferência Nacional de Bispos do Brasil, em relação ao cancelamento da actuação da cantora e embaixadora do Onusida e Unicef, Daniela Mercury, no Concerto de Natal no Vaticano.
“O posicionamento do Vaticano pode causar danos irreparáveis às estratégias de luta contra a Sida e aos Direitos Individuais”, diz a Rede na carta assinada a 10 de Dezembro de 2005 e publicada na sua página Internet.
A Rede apela ao Vaticano no sentido de “avaliar a sua postura em relação à epidemia da Sida” e apresenta uma lista de dados, entre eles, que “em 2005 terem sido registados 4,9 milhões de HIV/SIDA e que o uso do preservativo em relações sexuais é a forma mais eficaz de prevenção cientificamente comprovada entre a população sexualmente activa.”
Daniela Mercury teria sido impedida de participar no espectáculo do Vaticano por ter participado na campanha “Vista-se” de prevenção ao HIV/SIDA, do Ministério da Saúde do Brasil, que incentiva o uso de preservativos.
Entretanto, Daniela Mercury disse estar surpreendida e enfurecida com a decisão do Vaticano, uma vez que nunca anunciou que iria advogar a favor do preservativo no Concerto de Natal, reportou a Reuters.
Natural de Bahia, no nordeste do maior país católico do mundo, Daniela Mercury atingiu o estrelato em 1993, ano do lançamento do seu disco de estreia, “O canto na cidade”.
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